quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Morre o violinista Ayrton Pinto, ex-spalla da Osesp

Grande mestre.....saudades...


Foi o primeiro músico brasileiro a integrar a Sinfônica de Boston, nos Estados Unidos, entre 1979 e 1986

Fonte: estadao.com.br




SÃO PAULO - Morreu na manhã desta terça, 17, em São Paulo, o violinista Ayrton Ferreira Pinto, de um aneurisma cerebral, aos 76 anos, segundo informou sua família. O ex-spalla da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) foi o primeiro músico brasileiro a integrar a Sinfônica de Boston, nos Estados Unidos, entre 1959 a 1976. Pinto integrou a Osesp entre 1976 e 1988, dirigiu o Festival de Inverno de Campos do Jordão, foi regente da Orquestra de Câmara da Unesp, livre-docente do Instituto de Artes da Unesp e também foi professor do New England Conservatory of Music de Boston. O corpo do violinista será velado e sepultado às 10h30 desta quarta-feira, no Cemitério de Congonhas, na rua Ministro Álvaro de Souza Lima, 101, Jardim Marajoara, em São Paulo.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Piano que nunca desafina!

A Yamaha lançou neste ano o primeiro piano Híbrido do mundo.

O instrumento tem o mesmo mecanismo de um piano acústico, a diferença esta na produção do som, os martelos percutem, ao invés de cordas de aço, sensores eletrônicos, e reproduz quase que perfeitamente, segundo dizem, o som de um cauda inteira.

É realmente um grande avanço em matéria de pianos. Um piano híbrido tem muitas vantagens, como por exemplo, estudar com fone de ouvido ou com o som bem baixo, mas mantendo a técnica do piano acustico, pode transpor e mudar a afinação com apenas um toque de tecla, possui entrada MIDI, USB e pode gravar o que for tocado.

Mas tem o lado negativo também, como todos os eletrônicos se tirá-lo da tomada ele para de funcionar.....

E o peso não fica muito atrás de um acústico: 200Kg do híbrido contra 280Kg do acústico 1/2 cauda da yamaha.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Filmes Essenciais...


Um estranho no ninho


(one flew over the cuckoo's nest)



Direção: Milos Forman ( Hair, Amadeus, O Povo contra Larry Flint)

Atores: Jack Nicholson (O Iluminado, Chinatown, Easy rider)

Louise Fletcher, Danny DeVito e William Redfield.

Musica: Jack Nitzsche

Produção: Michael Douglas

Baseado na peça de Ken Kesey

Premiere em 19 de Novembro de 1975 em Los Angeles e New York

Prêmios:


OSCAR de melhor Ator para Jack Nickolson

OSCAR de melhor atris para Louise Fletcher

OSCAR de melhor diretor para Milos Forman

OSCAR de melhor filme

OSCAR de melhor roteiro adaptado
Mais 28 Prêmios e 11 nominações.

A cena de abertura do filme começa com uma música suave e um carro se aproximando, dentro dele sai um dos mais notáveis e marcantes personagens de toda a historia do cinema, Randle McMurphy, interpretado por Jack Nickolson, e que lhe rendeu um oscar de melhor ator por sua magnífica e impressionante atuação. Ele chega alegre, cheio de esperança para ser internado numa clínica psiquiatra, como parte de sua pena como presidiario. E aí começa a se delinear um paradoxo, onde McMurphy se apresenta como um criminoso tentando convencer a todos e a si mesmo de sua inocência através de sua alegria e seu carisma.


Dentro desta intituição psiquiatrica vemos famosos atores na atualidade, como Danny DeVitto e Christopher Lloyd, e como curiosidade: vários pacientes que atuaram eram realmente pacientes da clínica, e ainda tem uma ponta em que a atriz Angelica Huston aparece no pier (ela nem foi citada nos créditos).


O personagem de Jack Nickolson trás ao hospital e aos pacientes uma alegria que acaba por quebrar a rotina dos internos e dos funcionários, o que não deixa a todos felizes, com cenas memoráveis como a que McMurphy sem poder assistir à final do campeonato de baseball, senta-se em frente à TV desligada e começa a narrar o jogo, ao qual, logo em seguida já tem todos os pacientes "assistindo" juntos e torcendo.



O constante duelo entre McMurphy e a enfermeira Ratched, interpretada pela atriz Louise Fletcher, que também ganhou um Oscar por sua atuação, torna o enredo ainda mais interessante, pois se parece ao mesmo tempo se tratar de uma relação do mais profundo ódio entremeado por troca de olhares que dão o que pensar.




Além destas premiadas atuações ainda tem o famoso "chefe", um índio americano "surdo-mudo" parecido com uma montanha como dizia o próprio McMurphy, e que estava sempre segurando uma vassoura, ele acaba por se tornar a peça chave de todo o enredo do filme.



Filmado no Oregon State Mental Hospital - 2600 Center Street NE, Salem, Oregon, USA, com uma direção e atuações impecáveis, recomendo este filme a todos.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Fotos














Tenho a sorte de estar sempre cercado de bons fotógrafos, essas são do Rodrigo Biojone, super fotógrafo que apareceu um dia no Centro de Convivência Cultural aqui em Campinas e por coincidência eu estava lá fazendo uma revisão no Steinway do Teatro, isso deve fazer já uns 10 anos ou mais.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Como afinar um piano.


Tenho visto muitos artigos em sites tentando ensinar a afinar um piano, do tipo: "faça você mesmo", como se fosse uma receita de pão doce.

A melhor maneira de afinar seu piano é chamando um técnico de confiança em sua casa.

Não existe maneira fácil e rápida de se aprender a afinar um piano, trata-se de um instrumento com mais de 200 cordas de aço, esticadas ao máximo, resultando em cerca de 35 toneladas de pressão no total, que precisam de uma precisão de apenas algumas gramas cada para se ajustar até a tensão exata e assim obter uma afinação precisa e perfeita.

Pode-se com mais facilidade aprender a regular a mecânica ou fazer pequenos reparos, mas quando se trata da afinação do instrumento, só com muita insistência, tempo, paciência e dedicação, além de um bom técnico do seu lado pra lhe ajudar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

coisas estranhas...e malucas!



Recentemente um pianista de Jazz japonês, Yosuke Yamashitta, deu um concerto à beira mar, ao pôr do sol, com seu piano, detalhe: ele colocou fogo no piano entes de começar a tocar.


Parece que o Show de Yamashitta durou 10 minutos, o tempo do piano ser consumido inteiramente pelas chamas, e segundo ele, não correu nenhum perigo, a não ser pela fumaça que entrava pelos seus olhos e nariz......?!?!?




E foi lançado pela SCHIMMEL pianos, industria inglesa, o Pégasus, piano do século XXI, diferente até pra uma nave espacial. Segundo as especificações, ele possui a tampa da ribaltina eletrica, a sua cauda é aberta por um sistema hidráulico, e pesa 580 Kg, bem mais que um piano normal.









segunda-feira, 29 de junho de 2009

A TÁBUA HARMÔNICA



Tábuas harmônicas são feitas, normalmente, de Abeto (Pinheiro) de 1cm de espessura, que dá a quantidade ideal de vibração desejada. Madeiras mais moles absorvem as vibrações, enquanto as mais duras vibram demais, o Abeto tem a densidade, peso e textura ideais para a função de "alma do piano", ela é a responsável pelo volume e timbre do instrumento e a madeira deve ser seca por muitos anos antes de ser cortada e usada em um piano. Algumas fábricas, as melhores como a Steinway&Sons de Hamburgo, Alemanha, tem enormes quantidades de madeira estocada, e para usá-las, chegam a passar ás vezes mais de 50 anos esquecidas ate que estejam secas o suficiente. Em compensação, já vi fábricas de fundo de quintal usarem compensado como tábua harmônica.


Para ser feita, são cortadas fatias de cerca de 15 cm cada, e coladas uma às outras até obter o tamanho desejado, então a tábua é cortada e aplainada na expessura desejada.


A Tábua depois de pronta é forçada a adquirir uma certa curvatura, conhecida como crown, que ajuda a resistir à pressão que será exercida pelas cordas, e fazer uma melhor resposta às vibrações destas.


A Steinway tem a patente da chamada diaphragmatic soundboard, que possui 6.5mm de espessura em suas bordas e 1cm aproximadamente no seu centro.


Quando essa madeira é exposta a extremos de umidade e secura durante anos, tende a rachar, perdendo então parte de sua qualidade e dividindo a Tábua em partes. Para diminuir esse problema, são coladas e aparafusadas tiras de madeira, chamadas de harmonic trap, em sua tranversal.


Os cavaletes ou bridges são feitos de madeira dura, colado e aparafusado na tábua harmônica com a função de pressionar, através das cordas do Piano, a Tábua para que esta vibre adequadamente. a quantidade de pressão feita pelos cavaletes, ou pontes, é chamada de down bearing, e se for pequena, causa uma sustentação maior do som, mas uma qualidade pobre, e se for muito forte dá-se o efeito contrario com um volume de som muito alto, parecendo uma gravação clipada, onde o volume de som passa dos limites em que se pode reproduzir.


Normalmente os pianos modernos tem dois cavaletes: um para os graves e outro para os medios e agudos.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A Construção de um Piano




Partes básicas:



A Estrutura de um piano é , geralmente, feita de carvalho, ou de combinações com outros tipos de madeiras, ferro e barras de aço.

Sua estrutura pode ser vista na parte de trás de uma piano de armário ou na parte de baixo de um piano de cauda, e ela ajuda a suportar as varias toneladas de tensão de suas cordas de aço.


A Tábua Harmônica é uma larga madeira, feita de pinho de riga, e cortada em forma de diafragma (mais estreita nos cantos), e ela é pressionada pelas cordas, através dos cavaletes, forçando-a a vibrar junto com elas, aumentando assim o volume de som do piano.

Ela é colada à sua estrutura pelos cantos, deixando a parte central livre para vibrar. Tiras ou ripas de madeira são coladas por baixo da tábua harmônica, adicionando força e ajudando a sustentar a pressão.



Montado acima da Tábua Harmônica no piano vertical e na frente dela no piano de cauda esta o Cepo (Pinblock). Esta é uma das mais misteriosas partes do piano, porque normalmente esta escondida inteiramente ou parcialmente no instrumento. É feita de diversas fatias de madeira dura e então cortadas em várias posições em relação ao seu veio da madeira, então é colada, presada, cortada e furada, onde mais tarde vão ser colocadas sob pressão, as cravelhas do piano, as quais sustentarão a afinação deste o mais precisamente possível.

Finalmente a Chapa de Aço, é a estrutura que "pesa" o piano, fundida num molde patenteado pelas empresas de pianos, é feita de varias ligas de aço, ferro e outros minérios que dão a ela o peso e a resistência características. Cada corda é fixada na cravelha, que por sua vez é presa no cepo, dali ela passa por baixo de uma barra guia de aço, na chapa, passa pelos cavaletes da tábua harmônica (onde pressiona a tábua e amplifica o som), indo terminar cada uma em um pino de aço fortemente fixado na chapa, onde se dá um nó especial para evitar que ela se alargue ou solte ao ser esticada ao máximo. Em alguns pianos essa mesma corda pode não ser fixa nesses pinos, mas fazer o retorno pelo caminho ao lado, passando de volta pelo cavalete, pela barra guia e terminando novamente à cravelha adjacente à que a corda originalemente saiu.

Videos de Fernando Lopes

Ao invés de colocar todos os videos com meu pai tocando aqui no meu blog, resolvi linkar o blog com os videos no youtube....assim fica mais facil de achá-los....eles estõ aqui do lado esquerdo. Ou ainda acessar o youtube e digitar na procura de novo video o meu login: pianolopes.
Abraços

sexta-feira, 19 de junho de 2009

O PIANO - Uma breve história



O piano é um instrumento único, de nobreza inigualável. Considerado como um instrumento de percussão, ele ocupa no palco de uma orquestra sinfônica, o espaço próximo aos tímpanos, bumbos, pratos, normalmente ao fundo, junto aos intrumentos mais barulhentos. Apesar de possuir cordas de aço e cobre, ser todo ele feito basicamente em madeira, seu nobre timbre, característica do instrumento, é produzido a partir da percussão de 88 martelos de feltro em suas 210 cordas. Por isso o piano é catalogado como um instrumento de percussão.

O primeiro instrumento, do qual veio mais tarde se aperfeiçoar e a se transformar no que hoje conhecemos como o piano moderno, foi desenvolvido, primeiramente, por um italiano, em 1726, Bartolomeo Cristofori (1655-1731), que o nomeou na época: pianoforte, devido a sua capacidade de expressar diferentes níveis de volume, dos mais fracos aos mais forte (daí piano-forte), o que revolucionou a historia dos instrumentos de teclado na época, os cravos, que apesar de sua aparência externa semelhante ao piano, não podem ser tocados pelo instrumentista com alterações no volume ou na duração de suas notas. Qualquer acorde ou nota tocada num cravo tem sempre igual duração e volume se som, independente da força que lhe é aplicada, pois suas cordas são "beliscadas" por uma palheta, como num violão.

A historia do piano se divide em três períodos: 1720-1850, 1850-1900 e 1900 até os dias de hoje, respectivamente conhecidos como período antigo, vitoriano e moderno.
No período vitoriano, o instrumento começou a desenvolver um certo padrão em sua concepção, tendo algumas partes em comum entre eles e sendo produzidos em massa. Foram então catalogados em três tipos diferentes: os pianos verticais, os de caudas quadradas e os de cauda inteira.


Atualmente existem apenas os caudas e os verticais, os quadrados (square grands) foram abolidos com o tempo devido ao pouco aproveitamento do espaço físico. As cordas eram colocadas paralelamente, chamados por isso de corda-reta. E devido ao desenvolvimente dos pianos com as cordas cruzadas, onde fisicamente existe um aproveitamento melhor do espaço útil, cruzando as cordas graves sobre as agudas, lhe dá uma notável melhora em sua qualidade sonora, aproveitando melhor o espaço em sua tábua harmônica (chamada de "alma" do piano).

Os pianos vitorianos hoje em dia são valorizados apenas pela sua aparência e devido a sua historia, nunca pela sua qualidade de som. Como, por exemplo, o que esta exposto na Casa Branca em Washington, de numero 100.000, um presente dado pela Steinway&Sons ao Presidente Theodore Roosevelt em 1903.
Os pianos modernos, a partir de 1900, tiveram suas peças condicionadas a um padrão de fabricação e qualidade, algumas fábricas ainda tentaram inovar, mudando o design de seu mecanismo, mas como não tiveram bons resultados, posteriormente foram perdendo lugar no mercado. A partir do seculo XX restaram então, sendo fabricados comercialmente, apenas os pianos de cauda e os verticais.

Entre os verticais, existem ainda três sub-categorias: as espinetas (99cm), com seu mecanismo abaixo do teclado, sendo então os menores em tamanho; os pianos de estúdio (99 a 130cm), com o mecanismo no mesmo nível do teclado; e os modernos verticais (acima de 130cm), com a mecânica já acima do teclado.

E nos caudas, criaram-se diversas nominações, dependendo da fábrica, do tamanho, estilo ou do país que os criou e patenteou, como por exemplo: baby grand (1/4 ), living room grand, professional grand (1/2), drawing grand, music grand, half concert grand ou semi-concert (3/4) e o concert grand ou piano de concerto, piano orquestral (1/1) ou ainda de cauda inteira.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Finalmente no mundo virtual....

Estou finalmente aderindo ao mundo virtual para divulgar meu trabalho, pois tenho visto recentemente, através de uma comunidade que criei no orkut "afinadores de pianos", que existem muitas pessoa interessadas nessa estranha e rara arte de afinar, reformar, regular, transportar, desmontar, tocar, limpar, ou seja, em tudo que se relacione ao Piano, diretamente.
Criei a comunidade sem o intuito de ter muitos usuários fazendo parte dela, na verdade, criei como uma curiosidade e ate como uma gozação depois de ver um episódio de Os Simpsons, na qual os professores da escola primaria entram em greve, fazendo passeatas, e eles têm um sindicato que os apoiam: o sindicato dos afinadores de pianos, onde corta a cena e mostra um velhinho apoiado numa caminhonete, sozinho, segurando uma placa: "estamos em greve".
A comunidade "afinadores de pianos" do orkut hoje tem cerca de 300 participantes, na maioria curiosos e admiradores da profissão ou do instrumento, de técnico em pianos mesmo existem, se não me engano, eu e mais dois, um deles coloquei como co-proprietário.
E nos Fóruns dela eu tive a oportunidade de participar de diversas discussões, desde como limpar um piano até algumas acusações trocadas entre fabricas, o que poderia ter gerado muitas complicações caso fossem divulgadas....mas no geral deu pra perceber como faltam informações aqui no Brasil a respeito da profissão, o que gera muitos mal entendidos e frequentemente muitos pianos indo parar na UTI ou mesmo virando fogueira de são joão.
Assim, estou agora, inaugurando este Blog para ir aos poucos esclarecendo, tirando duvidas e divulgando meu trabalho, que é tão respeitado e admirado pela sociedade (infelizmente nem tanto pelos governos e empresários).

AFINAÇÃO DE PIANOS